Crimes de Guerra na Ucrânia: falta firmeza ao Brasil

O Livres toma nota, com profunda consternação, de notícias que começaram a surgir sobre possíveis crimes de guerra cometidos

por soldados russos em territórios ocupados na Ucrânia. As evidências apontam para execuções, depósito de corpos em valas comuns, estupros, inclusive de menores, e tortura. As vítimas incluem civis bem como soldados ucranianos capturados.

Que a Rússia continue a desprezar o direito internacional é chocante mas não surpreende. O que se torna cada dia mais inaceitável é a recusa das lideranças políticas brasileiras, tanto governistas quanto de oposição, de tomar posicionamento claro a respeito da invasão russa da Ucrânia. Para muito além de ilegal, a invasão russa é uma brutalidade, e completamente inescusável. Em vista de sua história pacífica e respeitadora do direito internacional, inclusive dos direitos humanos, o Brasil precisa deixar claro seu repúdio inequívoco à Rússia.

A narrativa predominante sobre o conflito na mídia brasileira continua a calcular perdas e ganhos para o Brasil, e a citar, com total naturalidade, o fim do predomínio Ocidental sobre as relações internacionais, e o surgimento de novas potências não-alinhadas com a

ordem liberal global. Além de imoral, tal postura não necessariamente está ancorada em evidências concretas. Revela, isso sim, o antiamericanismo arcaico e irresponsável da academia. Análises que celebram o fim das relações internacionais pautadas pelos ideais do pós-1945 nada mais fazem que celebrar a barbárie e o regresso a um mundo sem regras, onde só vale a lei do mais forte.

Nesse contexto, o Livres se posiciona, com firmeza e convicção, contra a invasão russa e a favor do direito internacional, da defesa dos direitos humanos, e do fortalecimento de uma ordem internacional baseada em regras.

Setorial Internacional do Livres


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