Dia 08 de março celebramos o Dia Internacional das Mulheres. A data surgiu com o objetivo de buscar a igualdade de direitos civis para as mulheres. Infelizmente ainda hoje podemos verificar que, em muitos lugares do mundo, inexiste esta igualdade, sendo que em alguns lugares elas são vistas até como submissas aos homens.
Aqui no Brasil há 90 anos as mulheres conquistaram o direito ao voto. Quase um século se passou e o Brasil ocupa a 142ª posição, dentre 193 nações, segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, um ranking de representatividade feminina no Parlamento elaborado pela ONU, o que não nos coloca em uma posição admirável. Em Curitiba, somos oito vereadoras num total de 38 parlamentares, representando pouco mais de 20% de participação feminina na Câmara Municipal. Esta situação também não nos orgulha.
E o que temos feito para melhorar esta representatividade e a consequente busca pela igualdade? Uma das principais bandeiras que defendo no meu mandato está diretamente relacionada a isto: educação.
No começo de 2021, nos primeiros meses do mandato como vereadora, aprovamos na Câmara Municipal o projeto de lei que tornou a educação uma atividade essencial no município de Curitiba. Nosso objetivo principal era reabrir as escolas do município e garantir que as escolas seguissem os mesmos critérios para abertura e fechamento usado para os supermercados e outras atividades consideradas essenciais.
Defendi essa luta como uma luta das mulheres. Durante a pandemia, segundo os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a participação das mulheres no mercado de trabalho regrediu aos patamares registrados 30 anos antes (1990)!! Um dos principais motivos para essa regressão foi o fechamento das escolas: sem um lugar seguro para deixar seus filhos, muitas mães saíram de seus empregos. Sem renda não há liberdade. Sem liberdade não há igualdade.
Aliás, sendo mulher e mãe, defender a liberdade me custou críticas pesadas neste primeiro ano de mandato. Muitas destas críticas vêm de outras mulheres que, ao discordarem do que defendo, escolheram não atacar minhas ideias, mas apelar a ataques pessoais, questionando inclusive minha capacidade maternal.
Mas nada disso desvia o meu foco de defesa da liberdade. Garantir a igualdade de direitos civis para as mulheres e homens (objetivo que levou à criação do Dia Internacional das Mulheres) é essencialmente garantir a liberdade para homens e mulheres. Não existe luta por direitos civis sem liberdade financeira, política e social – a liberdade por inteiro.